segunda-feira, 20 de maio de 2013

Qual o preço a se pagar por ser diferente?

Decidi escrever esse texto no sábado voltando para casa.
Pensei em muitas coisas e me inspirei, em partes, no meu irmão.
Escrevi de forma bem simples, mais preocupado com o conseguiria passar.

Qual o preço a se pagar por ser diferente?


Eu não sei vocês, mas eu nem me importo mais. Quero dizer, cada um tem a sua opinião sobre cada assunto, seu estilo de vida, suas crenças, mas existe o que chamam de padrão.
Primeiro eu pergunto: o que seria o padrão e como chegaram a essa conclusão?
A única resposta pra isso deve ser: há uma maioria que compartilha igualmente das ideias que eu falei aqui em cima.
Fugir aos padrões deveria ser algo bom. Pelo menos pra mim é, pois dessa forma é possível demonstrar que a pessoa não é apenas mais uma. Criamos nossa própria personalidade e construímos alguém melhor no futuro.
Pessoas para falar da sua vida sem saber de nada, pra criticar, há de monte por ai. Difícil é encontrar pessoas que aceitam as suas diferenças e que, mesmo discordando e discutindo muitas vezes, sempre o fazem de forma saudável, respeitando e entendendo que o que você é, o que você acredita, não muda facilmente.
Posso dizer que essas pessoas não são como dizem: cabeça dura. São corajosos e verdadeiros, pois defendem quem são e não mudam para se adaptarem a um meio ou às pessoas.
E mais corajosos ainda são aqueles que mostram seu ponto de vista em uma situação que sabem que não será aceito. Esses simplesmente não se importam com a opinião dos outros e são melhores do que aqueles que só defendem o que acreditam quando estão rodeados de seus semelhantes.

terça-feira, 14 de maio de 2013

Um passo


Já pensou em quanto um passo diferente muda tudo na sua vida?
Que se aquele passo não tivesse sido dado, a sua vida não seria o que é hoje?

Domingo. Dia das mães.

Voltando de Santo Amaro com a minha mãe no carro, cantando Pais e Filhos, passo em frente a escola em que cursei o 1º e 2º ano do colegial e como todas as vezes, me lembro da minha história naquele lugar.

Conheci muitas pessoas, vivi muitas histórias, fiz amigos, aprendi muita coisa e melhor de tudo: fiz dois irmãos para a vida. Aqueles que estão sempre comigo, seja aonde for e o tempo que for. Sete anos de amizade que parecem até mais, porque pra mim o que realmente importa é a intensidade, não o tempo.
E pensando em tudo isso, sem ter falado nada, minha mãe vira pra mim e fala: aqui foi o início né? Sem nunca ter pensado nisso, virei pra ela e disse que eu não teria conhecido meus irmãos se não fosse por ela e pelo meu pai. Se não fosse esse passo de me colocar em uma escola, para que eu tivesse um futuro melhor pra minha vida, eu não seria quem sou hoje, não teria conquistado e não seria conquistado por quem passou pela minha vida naqueles 2 anos.

Passo que foi contra a minha vontade no começo, pois todos que eu conhecia da antiga escola se mudariam para a mesma escola. No começo foi difícil me acostumar e hoje eu vejo que essa mudança fez toda a diferença na minha vida.

Agradeço em primeiro lugar aos meus pais por terem tomado a decisão por mim.
E agradeço aqueles que permanecem em minha vida, mostrando cada vez mais que somos mais que amigos... somos uma família.

domingo, 7 de abril de 2013

A Última


Por muito tempo eu pensei que aqueles onze meses tinham sido algo sem sentido. Meu cérebro tentou, por muito tempo, enganar meu coração dizendo que aquilo não foi nada, que não houve sentimento e que eu iria ficar bem. Ele se esforçou, mas no começo foi difícil. Todos os lugares em que eu passava e toda vez que fazia algo que era comum de fazermos juntos me traziam aquela sensação ruim, mas aos poucos eu fui me acostumando.
Na verdade, todo mundo se acostuma em certo momento da vida.
Demorou muito e meu cérebro continuava ajudando na parte de “não, você não a amou”.
Verdade seja dita, o final foi um dos piores momentos que eu tinha passado até ali. Não houve sorrisos, somente lágrimas e a incerteza de que haveria ao menos uma amizade.
Pois bem, 3 anos passaram e estou aqui, remoendo algumas coisas, mas não da mesma forma. Em algum momento da vida temos que nos levantar e superar de vez. Não que não tivesse superado antes, na verdade, demorou por volta de 1 ano e meio para que tudo ficasse bem, mas algo faltava.
Aquela caixa com todas as recordações dela ainda era mantida em cima do guarda roupa. Depois do fim eu não tive vontade alguma de abri-la. Seria um desperdício. Só iria desacreditar mais ainda no sentimento do amor, pois para ela havia sido tão fácil encontrar outra pessoa que me fez pensar que eu era o errado na história, mesmo não sendo.
Depois de muito pensar decidi me desfazer da caixa, mas me impus uma condição: ler e recordar tudo por uma última vez. Claro, o que escrevemos permanece para sempre, mas a nossa memória não tem o mesmo poder. Seria um momento para recordar e guardar o máximo que pudesse.
A cada carta lida o sentimento limitado pelo cérebro aparecia cada vez mais. Sim, percebi que o que eu senti naquele tempo todo foi amor. Assim como o dela, foi verdadeiro. Aquele amor adolescente em que achávamos que poderíamos quebrar barreiras e vivê-lo para sempre.
Ledo engano. Feliz ou infelizmente, tudo tem um fim, por mais que juramos que fosse para sempre. O pra sempre tem a duração do “nosso” para sempre, ou seja, enquanto estivemos juntos.
Fui lendo uma por uma e meu cérebro foi cedendo. Quando terminava, tentava absorver o máximo e guardar em um lugar especial da minha memória. Ao final, rasguei todas e joguei fora toda e qualquer coisa relacionada a ela.
Somente uma coisa ficou, um CD com as nossas fotos. Por que guardei? Em todo esse tempo, desde o momento que o ganhei, não o tinha visto. E ainda assim só o guardei.
E depois de todo esse tempo ela volta falando que nunca esqueceu o que sentiu, que ainda me ama, que hoje percebe que quem errou foi ela e que perdeu o que era mais valioso em sua vida, mas eu não consigo mais sentir o mesmo, na verdade, não me permito. Prefiro que as coisas sigam da maneira que estão. Vamos nos vendo, conversando, mas eu não consigo mais que isso.
Peço desculpas, mas não sou como os outros caras. Você bem sabe.
Então dei o último passo: coloquei o CD para rodar. Nossas duas músicas preferidas tocando ao fundo enquanto fotos dos nossos momentos mais felizes invadiam a tela. As lágrimas inundaram os olhos, mas não escorreram pelo rosto.
Foi aí que percebi de verdade: foi amor. Amei e fui amado. Mas estava na hora de apagar dois dos pontos das reticências e manter só o ponto final.

quarta-feira, 20 de março de 2013

A Fala do Coração

Quando descrevemos um sentimento, não é necessário fazê-lo de forma correta, usar rima ou até mesmo uma organização.
As palavras vão saindo de acordo com as batidas do seu coração, da forma que tem que ser.
E se parecer confuso, uma bagunça, não importa, nossos sentimentos geralmente são assim. E no final o importante é passar o que se sente e atingir o seu destino.
As palavras faladas marcam, mas quando escritas, são eternas.